Familiares de jovens desaparecidos em Serrinha pedem ajuda ao delegado-geral da Polícia Civil
Foto: Reprodução / PCS
Três famílias da cidade de Serrinha estão sofrendo com o desaparecimento de Marlon Oliveira Pinto, de 32 anos, Jeorge Santana Ferreira e Lucas Farias dos Santos. Todos eles sumiram em um período de cerca de 20 dias, em outubro, e, até este sábado (4), não haviam sido localizados.A irmã de Marlon, Lúcia, contou ao que ele era reservado, sofria de depressão e morava com a mãe. "A gente fica sem saber o que aconteceu... só pensa em coisa de tráfico, de crime. Mas ele é uma pessoa quieta, quase não saía de casa, não tinha envolvimento", resumiu.
Na quinta-feira (3), familiares estiveram em Salvador para encontrar o Delegado-Geral de Polícia Civil no estado, Bernardino Brito Filho. Apenas a mãe de Lucas não pôde comparecer à reunião, por estar muito abalada com toda a situação.
Em nota, a Polícia Civil informou que foi determinado ao Departamento de Polícia do Interior (Depin) "para que sejam adotadas providências operacionais". O órgão revelou, ainda, que a 15ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Serrinha) intensificará as buscas e a elucidação do caso. "Maiores detalhes não podem ser divulgados, para não interferir no curso das apurações", diz o documento.
Foto: arquivo pessoal
Moradores chegaram a cogitar a possibilidade de haver algum tipo de grupo de extermínio na cidade, fato não confirmado pelas autoridades. O primeiro a desaparecer foi Marlon, que sumiu no último 01/10. "Já são dois meses que meu irmão sumiu e eu nem sei o que te dizer, pois não sabemos de absolutamente nada", desabafa Lúcia.
A irmã não soube explicar se os jovens se conheciam. O último caso registrado foi o de Jeorge, desaparecido no último dia 24 do mesmo mês, após uma carreata política. Ele tem uma tatuagem no peito esquerdo com o nome da mãe, Eliene.
Os três desaparecidos são homens negros, de aproximadamente 30 anos, e aparentemente sem envolvimento com facções criminosas. Qualquer novidade sobre o caso deve ser comunicada ao disque denúncia, através do número 181.