Em carta aberta a Lula, economistas chamam de “falácia” tese de que defesa do teto garante disciplina fiscal
Os economistas sustentam ainda que o problema da falta de recursos para área social e investimento público não são decorrência do teto, mas da falta de prioridade do governo.
Cinco economistas publicaram uma carta aberta ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que argumentam que a manutenção do teto de gastos não é fundamental para garantir responsabilidade fiscal.
Os especialistas dizem essa ideia é "uma falácia". O grupo diz que a instituição do teto de gastos não resultou em redução da percepção de risco do Brasil junto a investidores e nem da inflação. Para eles, no longo prazo, o teto esmaga a parcela do Orçamento da União dedicada às áreas social e de investimento público.
Os economistas sustentam ainda que o problema da falta de recursos para área social e investimento público não são decorrência do teto, mas da falta de prioridade do governo. O teto é uma regra que limita o aumento das despesas públicas à inflação do ano anterior.
A carta é assinada pelo ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, pelos economistas José L. Oreiro; Luiz C. Magalhães; Kalinka Martins; e o professor de economia do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Geep/Iesp-Uerj, Luiz Fernando de Paula.